(5/12/08)
Numa cidade mercantilística como “Porseguro”, é difícil se fazer um evento cultural. Muito mais difícil ainda se fazer um de qualidade como a Exposição de Fotografias que foi feita na sexta passada no Centro de Cultura de “Porseguro”. Marianna Roballo e toda a equipe de produção têm que ser parabenizadas: não ficava devendo nada a nenhuma grande galeria do mundo (sim senhor, do mundo) fosse ela o MAM, MASP, MOMA, UFFIZI, LOUVRE ou a PINACOTECA DE MUNIQUE. Também não ficaria devendo nada a Armstrong, Bresson, Coda ou Sebastião Salgado. Eram fotografias para todos os gostos e caberiam em qualquer destes lugares.
Nas salas, fotografias artísticas e trabalhadas, onde a capacidade de criação e técnica do fotógrafo não tem limites, o que se via era uma técnica apuradíssima que às vezes saltava aos olhos dos menos avisados. O refinamento era latente para qualquer olhar que se fixasse em qualquer um dos trabalhos.
Na sala de fotografias indianas além do cromatismo de naturezas mortas, molduras desfocadas transformavam a arte em si em mais uma, podemos até dizer, quase transfigurando a arte em si.
A fotógrafa Marianna Roballo com um trabalho refinado em preto e branco, mostrou o quanto o olho e a sensibilidade podem, muitas vezes, se juntarem ou suplantarem as técnicas. No entanto, com muita técnica e uma fotografia sensitiva, aquela em que a gente sente na alma a sensibilidade do fotografo e do fotografado, Marianna Roballo mostra um tipo de solidão sem se ser solitário, deixando transparecer o quanto a introspecção é importante e tem vida. Acho que a técnica de Marianna está no olho e na maneira dela olhar.
As fotos de Dani Remião, por serem da Amazônia, só começam a chamar atenção depois que você começa a navegar nelas e notar que não são mais algumas fotos da Amazônia iguais às muitas que estamos acostumados a ver mostrando a exuberância das cores, mas sem vida. Ali, não. Vemos um olhar atento, arquitetônico, métrico, técnico, mas sobretudo, poético, tratando com o mesmo respeito a sombra e a luz, a cor e a não cor, chamando a atenção tanto para o seu azul morto-sombrio quanto para a sua tonalidade escura com muita vida, mostrando a sua competência com os contrastes, de um olhar selvagem, poético e doce. Pela grandeza e jovialidade que existem na sua obra a gente tem vontade de querer tocar e muitas vezes comer.
Numa cidade mercantilística como “Porseguro”, é difícil se fazer um evento cultural. Muito mais difícil ainda se fazer um de qualidade como a Exposição de Fotografias que foi feita na sexta passada no Centro de Cultura de “Porseguro”. Marianna Roballo e toda a equipe de produção têm que ser parabenizadas: não ficava devendo nada a nenhuma grande galeria do mundo (sim senhor, do mundo) fosse ela o MAM, MASP, MOMA, UFFIZI, LOUVRE ou a PINACOTECA DE MUNIQUE. Também não ficaria devendo nada a Armstrong, Bresson, Coda ou Sebastião Salgado. Eram fotografias para todos os gostos e caberiam em qualquer destes lugares.
Nas salas, fotografias artísticas e trabalhadas, onde a capacidade de criação e técnica do fotógrafo não tem limites, o que se via era uma técnica apuradíssima que às vezes saltava aos olhos dos menos avisados. O refinamento era latente para qualquer olhar que se fixasse em qualquer um dos trabalhos.
Na sala de fotografias indianas além do cromatismo de naturezas mortas, molduras desfocadas transformavam a arte em si em mais uma, podemos até dizer, quase transfigurando a arte em si.
A fotógrafa Marianna Roballo com um trabalho refinado em preto e branco, mostrou o quanto o olho e a sensibilidade podem, muitas vezes, se juntarem ou suplantarem as técnicas. No entanto, com muita técnica e uma fotografia sensitiva, aquela em que a gente sente na alma a sensibilidade do fotografo e do fotografado, Marianna Roballo mostra um tipo de solidão sem se ser solitário, deixando transparecer o quanto a introspecção é importante e tem vida. Acho que a técnica de Marianna está no olho e na maneira dela olhar.
As fotos de Dani Remião, por serem da Amazônia, só começam a chamar atenção depois que você começa a navegar nelas e notar que não são mais algumas fotos da Amazônia iguais às muitas que estamos acostumados a ver mostrando a exuberância das cores, mas sem vida. Ali, não. Vemos um olhar atento, arquitetônico, métrico, técnico, mas sobretudo, poético, tratando com o mesmo respeito a sombra e a luz, a cor e a não cor, chamando a atenção tanto para o seu azul morto-sombrio quanto para a sua tonalidade escura com muita vida, mostrando a sua competência com os contrastes, de um olhar selvagem, poético e doce. Pela grandeza e jovialidade que existem na sua obra a gente tem vontade de querer tocar e muitas vezes comer.
***Romeu Fontana é Historiador e nativo de Porto Seguro***
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